Valor é de grande ajuda, principalmente, em momentos de crise
Todo mundo está sujeito a imprevistos: o motor do automóvel que parou de funcionar repentinamente, um exame que o plano de saúde não cobriu e você precisou pagar ou até mesmo a perda de um emprego.
Situações como essas podem acontecer a qualquer momento e, caso você seja pego desprevenido, a chance de se endividar tentando pagar as dívidas é muito maior. Para tanto é preciso mais do que economizar no dia a dia.
A solução para esses e outros problemas tem um nome: reserva ou fundo de emergência. Com ele, você terá mais segurança financeira e tranquilidade para lidar com situações que fogem do seu controle.
O que é uma reserva financeira?
A reserva financeira é uma quantia de dinheiro que você junta com o objetivo de quitar dívidas advindas de situações imprevistas. Ninguém espera ficar desempregado, assim como também não espera que haja um curto-circuito na rede elétrica do lugar onde mora.
No entanto, todos estamos sujeitos a esses e outros tipos de acontecimentos semelhantes. Dessa forma, a reserva financeira serve para que essas situações sejam resolvidas sem a necessidade de usar o valor existente na sua conta-corrente ou mesmo de usar o parcelamento do cartão de crédito.
Em outras palavras, a reserva financeira pode ser entendida como uma espécie de poupança que deve ser usada apenas em situações que fogem ao nosso controle. Fazer uma viagem a lazer, compras supérfluas ou ainda comprar um carro novo não entram nessa seara.
A recomendação dos especialistas no assunto é que esse valor seja colocado em um lugar que tenha alta liquidez (isto é, onde você pode retirá-lo a qualquer momento), segurança (investimento de baixo risco) e que renda mais do que a poupança.
O valor ideal de uma reserva financeira
Para criar uma reserva financeira é preciso, antes de mais nada, saber qual o gasto médio que você tem com as despesas fixas. Isso significa saber quanto você gasta com moradia, conta de luz, água, despesas de mercado, internet, transporte e lazer. Considere ainda parcelas de compra de bens móveis e imóveis, caso tenha alguma.
Tendo clareza da média mensal de despesas, você deverá multiplicar esse valor por seis. Esse número se refere ao mínimo de tempo que seria possível bancar as suas despesas, caso você perca o emprego, por exemplo. O ideal, porém, é que a reserva consiga abranger o período de um ano inteiro (12 meses).
Por exemplo, suponhamos que as suas despesas mensais sejam de R$2 mil. O valor mínimo da sua reserva deve ser de R$ 12 mil para lhe manter seguro por seis meses e de R$ 24 mil para o período de um ano.
Juntando o dinheiro para a reserva de emergência
Depois de entender o que é uma reserva de emergência e como saber o valor adequado para a sua situação, o passo seguinte é poupar dinheiro. Vale dizer que isso pode levar algum tempo, já que nem todo mundo possui uma situação financeira tão folgada, mas é importante começar a poupar quanto antes.
O corte de gastos desnecessários é um dos exemplos mais comuns de atitudes que vão te ajudar nesse processo. Outra dica é separar um valor mensal para ser colocado nesse fundo emergencial. Se tiver como realizar alguma atividade que lhe dê uma renda extra, você também pode reservar parte do valor.
Quanto ao lugar onde colocar esse dinheiro, há três opções mais adequadas: Tesouro Selic, CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou CDB (Certificado de Depósito Bancário). O primeiro é a opção de investimento no Tesouro Direto; ao passo que o CDI é um título emitido por instituições financeiras e o CDB por bancos.